
PIB russo contrai 1,9% no primeiro trimestre
O primeiro trimestre foi marcado, em particular, pela introdução do embargo europeu aos produtos petrolíferos russos, que se somou a outro embargo – ao petróleo bruto – e à limitação do preço a 60 dólares por barril.
As inúmeras sanções internacionais tiveram um efeito significativo nas finanças russas: em março, apesar das exportações de petróleo estarem no nível mais alto desde abril de 2020, o petróleo de Moscovo atingiu 12,7 mil milhões de dólares, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), uma queda de 43% em comparação com o período homólogo do ano anterior.
Como consequência direta, de acordo com os últimos dados disponíveis, o défice orçamental atingiu entre janeiro e abril 3,4 mil milhões de rublos (39 mil milhões de euros à conversão atual).
Segundo o Ministério das Finanças da Rússia, que divulgou este valor, o défice resultou entre janeiro e abril de uma quebra significativa das receitas, prejudicada pela queda das receitas ligadas aos hidrocarbonetos (-52%) e pelo forte aumento das despesas (+26%), em grande parte atribuível à ofensiva militar na Ucrânia.
A inflação russa caiu para 3,5% em março e 2,3% em abril, de acordo com Rosstat.
O desemprego, num nível muito baixo de 3,5%, não é, por outro lado, um sinal de boa saúde para a economia russa, mas pelo contrário reflete uma contração da força de trabalho ligada às consequências da ofensiva na Ucrânia, que se sobrepuseram a uma crise demográfica, fenómeno que perdurou desde o final da década de 1990.
AAT // MSF
By Impala News / Lusa
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